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Prodfor prepara selo específico para certificação de empresas em ESG

Três letrinhas dominam as pautas e estão transformando a forma de fazer negócios: ESG. A sigla em inglês representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (Environmental, Social and Governance) nas empresas.

Para além da ideia de apoiar causas ambientais e sociais, a cultura ESG é cada vez mais exigida na prática. O não-tratamento dessas responsabilidades coloca em risco o capital das empresas.

“A comprovação de boas práticas tem sido exigida tanto de contratantes quanto de contratados. Acionistas também pedem prestação de contas sobre esses aspectos, porque sabem que impacta o capital. A empresa tem algum escândalo? Algum acidente ambiental? Isso influencia na busca e na contratação”, explica Paulo Siqueira, consultor especialista do Sistema Findes em ESG.

Ele afirma que já não é mais uma questão de escolha, se quer ou não aderir, mas sim quando a instituição vai começar a aderir. “Aqueles que se anteciparem, vão conseguir fazer isso de maneira menos atribulada”, orienta.

Para auxiliar nesse processo, o Prodfor tem ferramentas que possibilitam às empresas validarem e certificarem práticas ligadas a ESG. Trata-se de uma ação conjunta de grandes empresas e entidades no Espírito Santo, que se uniram para orientar, desenvolver e qualificar os fornecedores locais. O apoio e a coordenação técnica são exercidos pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES).

É possível, atualmente, obter pelo Prodfor certificações em gestão da qualidade em fornecimento, gestão de saúde e segurança no trabalho, gestão ambiental, gestão financeira fiscal e trabalhista, gestão de compliance, gestão de eficiência operacional e gestão de eficiência energética. O programa já estuda o lançamento de um selo específico em ESG para os próximos meses.

As empresas que recebem a certificação e o selo conseguem atestar a qualificação para atender grandes empresas.

“Alguns clientes exigem que os fornecedores tenham esses selos. Além de grandes empresas, isso extrapola os muros e vai para sociedade”, comenta Romilson Lirio, coordenador de SGI e ESG da Farloc Locações. A empresa obteve do Prodfor duas certificações ligadas a ESG: gestão de qualidade e gestão ambiental.

“As duas compõem um sistema de gestão integrado da empresa com o meio ambiente, promovendo crescimento sustentado e sustentável. O benefício é múltiplo. Quando se busca essa certificação, o processo fica mais organizado, traz aos colaboradores o sentimento de participação”, conta Lirio.

Colaboradores das empresas, os funcionários, internalizam essa pauta como algo fundamental na escolha de onde trabalhar, analisando o ambiente do trabalho, se a gestão é adequada. “Impacta na atração e na retenção de melhores talentos. Olhando o ambiente corporativo, essa demanda já é forte nas grandes corporações. Cada vez mais elas vão exigir esses critérios dos fornecedores, das empresas menores”, afirma Paulo Siqueira.

A Suzano é uma delas, empresa de base florestal, referência global no desenvolvimento de produtos fabricados a partir do plantio do eucalipto, papel e celulose. A companhia é uma das mantenedoras do Prodfor, e exige certificação na hora de contratar fornecedores.

Além de procurar conduzir práticas sustentáveis em toda a cadeia de suprimentos, a companhia apoia a adesão de fornecedores a padrões éticos e seu engajamento em ações ambientais.

Na indústria florestal, em particular, a rastreabilidade do produto de florestas certificadas é crítica para a sustentabilidade, por isso a Suzano conta com relacionamentos sólidos com fornecedores para garantir que as fontes de abastecimento sejam cuidadosamente monitoradas e registradas.

Para finalizar, o especialista Paulo Siqueira afirma que ESG não é um objetivo, é uma jornada. Quanto antes a empresa se preparar e aderir, mais vantagens terá no mercado.

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